Tuesday, April 21, 2009

Uma ferramenta mais do que útil...


Inglês, Inglês, Inglês. Como eu poderia imaginar, na época que ainda estava dando os primeiros passos em direção ao idioma, que ele seria uma ferramenta fundamental para a minha carreira e para os planos que tenho em mente. Ultimamente tenho presenciado cada situação no meu trabalho, que respiro aliviada pelo fato de eu já falar inglês (o que não quer dizer muito diante das exigências do mercado). Tenho presenciado todos os dias, pessoas perdendo ótimas oportunidades de emprego pelo simples motivo de não dominar uma segunda língua... Ou será que é tão simples assim?


Sexta feira passada, vivi uma situação super engraçada junto com o meu amigo Junior – ou Everaldo para alguns – onde nos passávamos por estrangeiros querendo comprar alguma coisa pra comer em pleno Shopping Castanheira. Segundo a história criada por ele, tínhamos vindo das Filipinas – é... a nossa aparência nos obrigava a dizer isso – e estávamos vislumbrados com os diferentes sucos e frutas que apareciam. Nossa primeira vítima foi um senhor que vendia bolos, empadas e comidas típicas dentro do seu estabelecimento no Shopping. Nós, como bons estrangeiros e lisos ainda por cima, atacamos o que de regional e barato ele teria a nos oferecer: os sucos.


- I’m sorry, do you speak English? We’re from Filipinas and I would like to know what this really is. – O Junior introduziu a conversa.


O Senhor fixou o olhar e depois sorriu para a outra atendente dizendo:


- Eles não são daqui... rsrs. Vamos lá, Cupuaçu? – apontando para o nome - é uma fruta regional, é uma F-R-U-T-A.


_ What? Junior respondeu.


_ It might be a fruit, Junior. Eu entendi. ;-)


_ Hum… great! And can you pronounce the word again, is it ‘kvpvasu? Junior continuou. E o Senhor respondeu:


- É U-M-A F-R-U-T-A!


A comunicação ainda rendeu longas risadas (depois é claro), mas antes de desistir de saber a pronúncia correta de cupuaçu, pedimos, Junior e eu, um suco de cupuaçu e maracujá respectivamente.


Enquanto saboreávamos o suco, sem jamais ter provado antes, falávamos do quanto a situação foi engraçada e da forma como ele não entendeu o que estávamos perguntando, mesmo com todo o esforço do mundo. Detalhe: ele estava bem na nossa frente.
Antes de pagar os sucos, ainda perguntamos o que era tapioca, caju, enfim... Definitivamente aquele senhor virara nossa primeira vítima.


Pegamos o elevador para ver o que estava passando no cinema. Diante de uma dúvida cruel em saber o nome do filme que estava para começar, o jeito foi perguntar:


- Can you tell me what movie is about to start please? Junior começou.


A conversa perdurou por vários minutos e a moça, esgotando todo o vocabulário de inglês que lhe restava, resolveu ligar para alguém trazer uma programação de filmes que iriam passar ao longo da semana. Ela foi super gentil querendo ajudar, mas ao mesmo tempo eu notava o seu desespero em estabelecer uma comunicação eficaz. Afinal, duvido muito que qualquer estrangeiro possa dar tanto trabalho em compreender as coisas, tal como fizemos.


Graças a essa… essa... proeza - como posso assim dizer - tivemos uma noite super interessante (e engraçada também). O melhor de tudo, eu diria, é você poder analisar as coisas de outro ângulo: O quanto é interessante dominar uma segunda língua, falar mesmo! Sinto certa segurança em dizer que não se trata apenas de conhecimento, mas é também um poder, uma ferramenta que pode te diferenciar de muitas pessoas. Imagina então poder falar vários idiomas? Ser um poliglota! Quem sabe então, Junior, numa próxima oportunidade, não podemos fazer o mesmo em francês, hein? Fica o desafio.